O Brasil possui uma grande cobertura florestal, a segunda maior cobertura florestal do mundo, ficando atrás apenas da Rússia. O Ministério do Meio Ambiente estima que 69% dessa cobertura tenham potencial produtivo. Em decorrência disso, o país desenvolveu uma estrutura produtiva complexa no setor florestal, incluindo as florestas plantadas, especialmente com pinus e eucaliptos, e suas relações com produtores de equipamentos, insumos, projetos de engenharia e empresas de produtos florestais.
Devido ao seu potencial, o setor florestal brasileiro tem aumentado sua participação no comércio mundial. Por outro lado, o setor encontra dificuldades para expandir seus negócios, especialmente na região Amazônica, devido às restrições impostas pela legislação frente ao apelo ambiental que a região desperta, em resposta a ocupação desordenada.
Estima-se que o Setor Florestal é responsável por 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB de 2007) do Brasil, equivalente a US$ 37,3 bilhões, e por 7,3% das exportações totais do país, equivalente a US$ 10,3 bilhões, sendo o setor de celulose responsável por US$ 4 bilhões, o de madeira serrada, compensados e produtos de maior valor agregado por US$ 2,9 bilhões, o de móveis por US$ 1,05 bilhão e o de ferro gusa a carvão vegetal por US$ 1,65 bilhão. O setor é ainda responsável por gerar cerca de 7 milhões de empregos. O Serviço Florestal Brasileiro está desenvolvendo, em parceria com o IBGE, o projeto Contas Nacionais, que tem o objetivo de satisfazer os interesses de análise e de formulação de políticas florestais e ambientais para o País, pretende-se identificar a existência de possíveis falhas nas contas florestais e propor melhorias que subsidiem a sistematização do Setor Florestal Brasileiro no Sistema de Contas Nacionais ainda mais refinado com as novas realidades, atuais e futuras, da atividade florestal brasileira. Desta forma, pretende-se avaliar e dar a conhecer a efetiva contribuição do setor florestal para a economia do país, através da análise e detalhamento do Sistema de Contas Nacionais com foco nas atividades e produtos que evidenciem o setor florestal.
Apesar de sua relevância na economia nacional é um setor contraditório, que ao mesmo tempo desenvolveu a silvicultura de florestas plantadas com produção integrada e estrutura produtiva sofisticada, e ainda convive com altos índices de desmatamento ilegal de florestas nativas.
Cadeia produtiva é um conjunto de etapas consecutivas pelas quais passam e vão sendo transformados e transferidos os diversos insumos desde a pré-produção até o consumo final de um bem ou serviço. A cadeia produtiva com base no setor florestal constitui uma atividade econômica complexa e diversificada de produtos e aplicações energéticas e industriais.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) disponibiliza informações sobre os seguintes produtos florestais:
• Extração vegetal - produção florestal em florestas nativas
-Borrachas
-Ceras
-Fibras
-Tanantes
-Oleaginosos
-Alimentícios
-Aromáticos, medicinais, tóxicos e corantes
-Madeiras: carvão, lenha e tora
- Pinheiro brasileiro: nó-de-pinho, árvores abatidas, madeira em tora
•Silvicultura
-Carvão vegetal
-Lenha
-Madeira em tora
-Casca de acácia negra
- Folhas de eucalipto
- Resinas
É interessante observar que as informações do IBGE abrangem os produtos florestais madeireiros e não madeireiros, não só das florestas nativas, mas também das florestas plantadas.
Existem dois modelos de organização industrial no setor florestal no Brasil. De um lado, em especial nos setores de celulose, papel, lâmina de madeira, chapa de fibra e madeira aglomerada, o setor é dominado por poucas empresas de grande porte, integradas verticalmente da floresta até produtos acabados, que atuam da produção até o comércio. De outro, principalmente na produção de madeira serrada, compensados e móveis, ocorre a existência de um grande número de empresas de pequeno e médio porte, de menor capacidade empresarial. No caso da indústria de móveis, além da variedade no uso de materiais, o setor apresenta uma forte pulverização das preferências dos consumidores, levando a uma redução da escala da demanda e a uma enorme fragmentação do mercado.
FONTE: http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=95&idMenu=10819
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