domingo, 25 de dezembro de 2011

Senado aprova projeto do novo Código Florestal

Com 26 emendas acatadas pelo relator e 60 rejeitadas, a votação do novo Código Florestal foi concluída no fim da noite pelo Senado. O relator, senador Jorge Viana (PT-AC), acolheu 20 emendas de mérito e seis de redação que mudam pouco os contornos gerais do texto que ele defendeu ontem (6) em plenário.

O texto de Viana é polêmico principalmente por conceder anistia aos pequenos produtores rurais que desmataram até 2008 e a possibilidade de os grandes converterem suas multas em ações de reflorestamento.

O relator também fez concessões à agricultura e a pecuária, ampliando de 25 graus (º) para 45º a inclinação máxima dos morros para essas atividades. E ainda permitiu a manutenção das fazendas em beiras de rios.

Entre as emendas acolhidas por Viana, apenas três trazem acréscimos relevantes ao texto. A primeira delas trata de bacias hidrográficas e determina que quando elas estiverem em situação crítica de desmatamento, o governo poderá aumentar o percentual de recuperação das áreas de preservação permanente.

A segunda emenda considerada relevante pelo relator e pelo governo trata de critérios para produção em apicuns – que são vegetações que convivem com os mangues. As atividades produtivas que até então estavam proibidas no texto, passarão a ser permitidas em até 10% da área do apicum na Amazônia e em até 35% em outros biomas.

A terceira emenda permite aos estados que tiverem mais de 65% de suas áreas em unidades de conservação, como terras indígenas ou florestas, reduzir de 80% para 50% a reserva legal que precisa ser mantida pelas propriedades rurais. A necessidade dessa redução, no entanto, precisa ser apontada pelo Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) e aprovada pelos conselhos estaduais de meio ambiente.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), votou contra o texto. Para ele, o projeto não colabora com a diminuição da pobreza e, ao contrário, beneficia apenas os grandes produtores rurais. “Está se lembrando muito da comida na mesa dos brasileiros e está se esquecendo de quem põe essa comida lá. Hoje, 73% do que nós comemos vem da agricultura familiar e eu não estou vendo ninguém lembrar desses agricultores”.

Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o novo código aprovado pelo Senado representa um avanço. Ela compareceu ao Senado no fim da votação e admitiu que o governo precisará encontrar uma nova forma de trabalhar para coibir o desmatamento e promover o reflorestamento. “Mais do que fiscalização, ele [o código] promove um maior controle social. Ele prevê, por exemplo, a suspensão do crédito para os produtores que estiverem irregulares com as questões ambientais”, explicou.

O texto segue agora para a Câmara, onde os deputados irão votar se acatam integral ou parcialmente o substitutivo do relator Jorge Viana. Eles podem ainda rejeitar completamente o texto do Senado e retomar o projeto original aprovado na Casa.

Reportagem de Mariana Jungmann, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 07/12/2011

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Fonte:

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Aprovação em mestrados 2012/1

Parabenizamos as acadêmicas de Engenharia Florestal da UEG aprovadas para Mestrados Luiza Arlete (UNB) e Sarah Martins Neri (UEG).

Parabéns por mais essa conquista.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mestrado em Produção Vegetal da UEG já recebe inscrições

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual de Goiás começa nesta segunda-feira, 12 de dezembro, o período de inscrições ao primeiro edital de chamada pública para o Mestrado em Produção Vegetal que será oferecido pela UEG na Unidade Universitária de Ipameri.

A assinatura do edital aconteceu no último dia 06 de dezembro, em Ipameri, com as presenças do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Harlen Inácio dos Santos, do coordenador de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Haroldo Reimer, e do corpo administrativo e docente da Unidade.

Aprovado pela CAPES o mestrado é uma das grandes realizações da Universidade neste ano de 2011. “A UEG vem obtendo uma série de conquistas nos últimos tempos: bolsas no Programa Ciência sem Fronteiras do CNPq, bons resultados nas provas do ENADE com o consequente aumento do seu conceito institucional no IGC e a aprovação do mestrado são exemplos concretos”, destacou o professor Harlen. Para Haroldo Reimer “a aprovação do Mestrado em Produção Vegetal é uma conquista importante para a UEG e para o processo de interiorização da pós-graduação brasileira”.

O novo mestrado será coordenado pelo professor Nei Peixoto, tendo como vice-coordenadora a professora Luciane Madureira de Almeida. Na ocasião do lançamento do edital ambos destacaram as necessidades de investimento institucional para dar suporte às demandas crescentes na UEG, e na Unidade Universitária, com a expansão da oferta de ensino no nível de pós-graduação stricto sensu.“Assim como os alunos do curso da Unidade tiraram nota 5 no ENADE, vamos levar o programa para a nota 4 na primeira avaliação trienal” afirmou o professor Nei Peixoto.

Harlen Inácio informou durante a reunião que já fez à Pró-Reitoria de Planejamento, Gestão e Finanças, um memorando com solicitações para atender às necessidades iniciais do mestrado, essenciais para o funcionamento do Programa.

O Programa de Mestrado em Produção Vegetal da UEG está oferecendo 6 vagas nesta primeira chamada. O projeto prevê o ingresso anual de 12 mestrandos. As inscrições estarão abertas no período de 12 de dezembro de 2011 a 13 de janeiro de 2012.

Maiores informações podem ser obtidas pelos e-mails mestradopv.ipameri@ueg.brou ppgpv.ipameri@gmail.com ou pelos telefones (64) 3491-1556 ou (64) 3491-5219. Para acessar o edital:http://www.prp.ueg.br/pmpv/edital_mestrado_prod_vegetal.pdf

(Moema Ribeiro)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

sábado, 19 de novembro de 2011

Agronomia Nota 5 no ENAD

Após a conquista do mestrado em Produção Vegetal, autorizado pela CAPES, nas áreas de Biologia, Biologia Molecular, Fisiologia Vegetal, Estatística, Manejo e Preservação da Natureza, Solos, Microbiologia e Fitopatologia, Fitotecnia, Fitomelhoramento, Tecnologia de Sementes e Hortaliças, Entomologia e Estudos de Sistemas Agrossilvipastoris a Universidade recebe outra conquista importante.

Foi divulgada nessa quinta feira, 17 de novembro de 2011, pelo Instituto De Estudos E Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) as notas do ENAD, que é o exame responsável por avaliar os níveis dos cursos ofertados pelas Instituições de Ensino Superior.

A Universidade Estadual de Goiás, como um todo, recebeu do Índice Geral de Cursos(IGC), um conceito 3, mostrando elevação do nível em relação ao último IGC. Dos seis cursos avaliados, dois tiveram nota 5 e os outros receberam nota 4. As notas do ENAD variam entre 1 e 5.

Dentro do grupo que obtiveram nota 5, destaca-se novamente o curso de AGRONOMIA, ofertado na Unidade Universitária de Ipameri – GO. Isso mostra para a região o nível de formação dos profissionais que a UnU Ipameri libera no mercado ano a ano.

Parabéns a todos os envolvidos nessa conquista, dentre acadêmicos, professores e funcionários administrativos. Que contribuem dia a dia para o perfeito funcionamento dessa máquina.

Ao escolherem um curso a se cursar, não observe se federal, se estadual, ou mesmo particular; observe antes de tudo a conceituação do curso e o que ele poderá te proporcionar.

Download das notas: http://www.4shared.com/document/_IarYoAE/igc_2009.html

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

E os mitos sobre o eucalipto reinam soberanos na Imprensa

Como se fossem verdades eles permeiam textos até no exterior

Com o título "Loeb, o eucalipto francês" o jornalista Paulo Renato Soares, colunista do site Record, de Portugal (www.record.xl.pt), especializado em esportes, mais uma vez comete o erro que a maioria dos órgãos de imprensa - não só no Brasil - mas no mundo, vem cometendo nos últimos anos devido à falta de infomação adequada sobre o eucalipto.

Na texto ele escreve sobre o Mundial de Ralis (WRC) de 2011. Mais exatamente sobre a última prova, disputada nas florestas enlameadas do País de Gales. Paulo fala sobre o piloto francês Sébastien Loeb, de 37 anos, se referindo a ele como um corredor que "pode ser comparado a um eucalipto que vai secando tudo à volta".

Ele prossegue mais à frente fazendo outra comparação com o eucalipto, desta vez se referindo a outro mito, o que fala sobre deserto verde: "Dentro de pouco mais de 2 meses, em Mônaco, começa nova temporada. E cabe aos pilotos regar o terreno. Sob pena de o eucalipto continuar a desertificação".

Em uma discussão sobre o assunto na rede social LinkedIn, mais precisamente no grupo Celulose, Papel, Floresta e Afins, a Bacharel em Administração de Empresas, Iara Santos, levantou esta questão que foi muito bem debatida: A plantação de eucaliptos pode prejudicar os lençóis freáticos?

Não faltaram informações e discussões a respeito, mas uma delas nos chamou a atenção. A postada por Jonas Ortiz, GIS Analyst no Projeto de Integração do São Francisco, que exemplifica bem de onde vem o mito, principalmente porque ele é tão difundido na Europa. Leia:

"A lenda vem de um engano. Tempos atrás usava-se o eucalipto na Europa para drenar pântanos. Mas existe uma grande diferença entre a Europa e o Brasil. Estamos localizados em hemisférios e latitudes bem diferentes o que influencia as estações do ano. Enquanto na Europa o verão é seco, no Brasil é chuvoso, e o maior crescimento vegetativo do eucalipto ocorre justamente na época onde há maior luminosidade e temperatura. Será quando ele usará mais água, ou seja, nessa época ele irá retirar mais água do solo, e no Brasil nesse período a água será abundante, tendo sua capacidade máxima de água disponível no solo, água em excesso. Essa retirada não afetará o balanço hídrico no solo ao contrário do cenário que ocorre na Europa, onde o solo estará com déficit hídrico e portanto, o eucalipto irá consumir água presente em superfície e sub-superficie, mas não as águas presentes nos lençóis freáticos profundos, somente as dos que afloram, lençóis freáticos rasos, já que como muito bem colocado suas raízes não atingem tal profundidade. Simples e Lógico." (SIC)

Jonas cita uma das fontes mais respeitáveis quando o assunto é silvicultura, o pesquisador Celso Foelkel, que, por sua vez, indica o trabalho de Alexandre Bertola, engenheiro florestal da V&M Florestal, sobre os 100 anos do eucalipto no Brasil, que seria muito oportuno ser lido por todos os formadores de opinião deste país: http://tinyurl.com/cw4pqr2

A pergunta que não cala prossegue: quando finalmente vamos ter empresas, instituições e associações voltadas para um melhor esclarecimento da população? O seu comentário abaixo é muito bem vindo.

Fonte: Paulo Cardoso - Painel Florestal

http://painelflorestal.com.br/noticias/eucalipto/13430/e-os-mitos-sobre-o-eucalipto-reinam-soberanos-na-imprensa

sábado, 12 de novembro de 2011

Cultura do paricá desperta atenção de agricultores e empresas

Árvore cresce rápido e produz madeira de qualidade.
Reflorestamento gera emprego e ajuda manter o que resta de mata nativa.


A região amazônica ocupa quase 40% do território brasileiro. Abriga a maior floresta tropical do planeta com milhares de espécies vegetais e animais. Seu subsolo esconde tesouros de minerais raros e nascentes que formam uma gigantesca reserva de água doce. Apesar de toda essa riqueza, a exploração dos recursos da Amazônia é em grande parte feita de forma primitiva e predatória. É o caso da extração de madeira.

Todo ano são derrubadas cerca de três milhões de árvores na Amazônia. A madeira alimenta um mercado de mais de R$ 4 bilhões, mas só uma pequena parte da extração é feita com autorização dos órgãos ambientais e segue normas de manejo. Grande parte da madeira ainda sai de maneira ilegal, deixando para trás o caminho aberto para o fogo que antecede o plantio do capim usado na criação de gado de corte.

Só que é possível plantar árvores para a produção de madeira. As florestas cultivadas substituem o extrativismo predatório e podem ser usadas também para recuperar a imensa área de pastagens degradas da Amazônia. Há mais de 20 anos pesquisadores da Embrapa coletam sementes e produzem mudas de espécies nobres. O êxito desses projetos, no entanto, esbarra no tempo que é preciso esperar para colher as primeiras árvores.

A maioria inicia a produção de madeira para corte só a partir dos 15 anos de idade, mas uma espécie começa a se destacar por conta do seu rápido crescimento.

É o paricá, a espécie florestal nativa mais cultivada do país. Ele pode ser cortado com cinco anos de idade. Sua madeira é usada na construção civil e na fabricação de móveis. Até agora já foram plantadas 60 milhões de árvores, distribuídas em várias fazendas nos municípios de Paragominas e Dom Eliseu, na região nordeste do Pará.

O reflorestamento gera empregos e também ajuda a manter o que ainda resta de floresta nativa, como explica o engenheiro florestal Alessandro Lechimoski. “Com a utilização do paricá de reflorestamento, cada um hectare usado na indústria deixa de utilizar de 30 a 35 hectares de mata nativa. Isso é um ganho ambiental enorme.”

O paricá é parente do guapuruvu, árvore da floresta atlântica. Seu nome científico é: shizolobium amazonicum. É uma árvore da família das leguminosas que capta nitrogênio do ar e o fixa no solo.

Na mata nativa, o florescimento acontece na época da seca e atrai dezenas de insetos. A árvore fica carregada de flores amarelas que deixam no ar um perfume delicado e doce.

Suas vagens servem de alimento para as araras, principais responsáveis pela dispersão das sementes dele na mata. Macacos e preguiças se alimentam de suas folhas miúdas e também derrubam as sementes maduras no chão. É possível ver dezenas de mudinhas que surgem nas clareiras deixadas pela queda de outras árvores.

Em pleno sol o paricá cresce meio metro por mês nos seus primeiros dois anos de vida. As árvores que atingem a fase adulta se projetam para o céu ocupando o grupo das espécies da mata primária. Suas raízes tabulares do tipo sapopema se entrelaçam, circundando toda a base do tronco.

Apesar da importância do paricá para a região amazônica, o melhoramento genético dessa espécie ainda está engatinhando. Os pesquisadores da Embrapa estão na fase de coleta de sementes para iniciar o trabalho de seleção e melhoramento.

Hoje os pesquisadores consideram o paricá como uma planta semi-domesticada. Suas sementes germinam facilmente e são cultivadas em viveiros irrigados. Em Dom Eliseu a empresa Vale Florestar está pesquisando o paricá partindo dos modelos já desenvolvidos para a cultura do eucalipto.

A floresta de eucalipto é mais uniforme e mais produtiva porque foi plantada com mudas clonadas. Ao contrário do paricá que apresenta árvores finas e grossas e muita variação no crescimento. Para a extração de lâminas de compensado o paricá rende mais porque as árvores são cilíndricas e não têm galhos nos primeiros sete metros do tronco. O eucalipto é cheio de galhos e precisa de poda na época certa para eliminar os nós. Por isso o paricá é hoje a madeira mais cobiçada para a produção de compensado.

Em Dom Eliseu o preço pago pelo metro cúbico do paricá é muito maior que o do eucalipto. Por esta razão os fazendeiros Fernando Pinto e Marcos Tavares estão trocando a pecuária pelo reflorestamento. O plantio tem que ser autorizado pelos órgãos ambientais e o corte também. Eles plantaram 800 mil mudas de paricá numa área de mil hectares.


Fonte: http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2011/11/arvore-nativa-da-amazonia-desperta-atencao-de-agricultores-e-empresas.html

SECIAG 2011

Aconteceu nessa semana, nos dias 09, 10, 11, e 12 de novembro de 2011, a VIII Semana de Ciências Agrárias da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Ipameri com a temática “Sustentabilidade desenvolvimento agrário”. O evento fora realizado sob a coordenação do Professor Doutor Fabrício Rodrigues, Professora Luciane Madureira, Márcio Araújo e os acadêmicos da Universidade.

O evento foi constituído pelas palestras: Crédito de Carbono, Agricultura de Precisão, Crédito Rural, Recuperação de Áreas Degradadas e o Código Florestal afim de trazer para a comunidade acadêmica as atualidades; criando nos participantes sensibilidade crítica para julgarem suas atitudes visando o crescimento da economia de uma forma sustentável, que preservasse o meio ambiente.

No seguimento do evento houve a divulgação dos trabalhos realizados pelos acadêmicos e professores da Instituição na forma de pôster e apresentação oral. Dentre as modalidades de exposição dos trabalhos houve premiação para os melhores trabalhos , onde os melhores trabalhos na categorial oral foram: Mylla Crysthyan Ribeiro ( AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE SORGO SUBMETIDOS A DIFERENTES NÍVEIS DE FÓSFORO) e Cleiton da Silva Oliveira (ANÁLISE CROMOSSÔMICA DE PLATHYMENIA RETICULATA BENTH VINHÁTICO), na modalidade pôster os premiados foram: Denise Alves da Silva e Heloisa Maria da Silva Lago.

Informamos que em breve estaremos disponibilizando os resumos para download, bem como a emissão dos certificados. Os resumos estarão disponíveis nesse endereço: http://seciagueg.blogspot.com/p/resumos_07.html

O evento foi finalizado após o termino dos mini-cursos com uma feijoada.

A Comissão Organizadora do Evento agradece a todos que com empenho dedicação e força de vontade fizeram o evento acontecer, e também a todos que prestigiaram o evento.

Nosso muito obrigado, e desde já convidamos para a próxima SECIAG 2012.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Serviços ambientais

http://youtu.be/5k2gON2vT1I

domingo, 6 de novembro de 2011

Livro CONFEA - Engenharia Florestal

ü A POSTURA CIDADÃ DO ENGENHEIRO FLORESTAL BRASILEIRO

ü Origens e evolução da Engenharia Florestal no Brasil

ü Evolução das Atribuições Profissionais do Engenheiro Florestal

· Antecedentes da Engenharia Florestal como profissão no Brasil

· Evolução das atribuições profissionais do Engenheiro Florestal no Brasil

· Atuais atribuições profissionais do Engenheiro Florestal

· Atividades Profissionais

· Setores dos campos de atuação profissional

· Tópicos dos setores dos campos de atuação profissional

o Geociências Aplicadas para fins Florestais

o Tecnologias para fins Florestais

o Engenharia para fins Florestais

o Meio Ambiente

o Administração e Economia

ü Perfil profissional do Engenheiro Florestal

ü A oferta de vagas nos Cursos de Engenharia Florestal no Brasil em 2009 e projeção de número e localização prioritária para 2020



sábado, 5 de novembro de 2011

Defesas dos Trabalhos de Conclusão de Curso

Já iniciaram as defesas dos Trabalhos De Conclusão De Curso dos acadêmicos de Engenharia Florestal e Agronomia da Universidade Estadual de Goiás Unidade Universitária de Ipameri. É de suma importância a presença dos demais acadêmicos dessa para que possam prestigiar os colegas como também analisar as apresentações já que também passarão por isso. Quanto mais contato com apresentações, melhores e mais aptos estarão futuramente, pegando as “malícias” de defesa.

Escolha os temas de interesse e compareçam.

Download de Certificados Semana de Iniciação Cientifica UEG

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação informa que os certificados de participação e apresentação de trabalhos no IX Seminário de Iniciação Científica e VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação estão disponíveis para downloads no site do evento.

Fonte: http://www.prp.ueg.br/

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Autorização do Mestrado Pela Capes Em Produção Vegetal

Conselho Universitário autoriza criação de 4 mestrados na UEG

As propostas para a criação dos mestrados foram aprovadas na última terça-feira, 28, em Anápolis, durante a 59ª Plenária do Conselho Universitário da Instituição.


Presidido pelo reitor Luiz Antônio Arantes, o Conselho Universitário aprovou a criação do mestrado próprio em História Ambiental e Saberes Coletivos , a ser oferecido na Unidade Universitária de Ciências Socioeconômicas e Humanas, em Anápolis, onde também deverá ser oferecido o mestrado interdisciplinar em Educação, Linguagens e Tecnologias. Também foi aprovada a proposta de um mestrado próprio em Ciência Animal na Unidade Universitária da UEG de São Luís de Montes Belos e em Produção Vegetal na Unidade de Ipameri.

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação tem até o próximo dia 29 de julho para apresentar as propostas ao edital da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). De acordo com o coordenador de Stricto Sensu da Pró-Reitoria, professor Haroldo Reimer, se os programas de mestrado forem aprovados na CAPES, a previsão é que as vagas sejam ofertadas a partir de março de 2012.

Hoje dia 03 de novembro de 2011, foi aprovado pela CAPES o mestrado em PRODUÇÃO VEGETAL na Universidade Estadual de Goiás Unidade Universitária de Ipameri.

O Conselho Técnico Científico (CTC-ES) da CAPES comunicou ao reitor da Universidade Estadual de Goiás, professor Luiz Antônio Arantes, a aprovação, com a nota inicial 3, da proposta do curso de Mestrado em Produção Vegetal. A proposta foi elaborada pela equipe da Unidade Universitária da UEG de Ipameri, sob a coordenação do professor Nei Peixoto e do diretor educacional da Unidade, professor Adilson Pelá. “A sede do novo mestrado deverá ser na UnU Ipameri, pois lá se encontra o maior número dos 17 doutores envolvidos na proposta. Mas também doutores de outras unidades foram agregados, pois se trata de um projeto da UEG como um todo”, explica o reitor.


Os trabalhos de elaboração da proposta foram acompanhados pela equipe da Gerência de Pós-Graduação da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PrP), sob a liderança do pró-reitor Harlen Inácio dos Santos. A equipe da Gerência é composta pela professora Cristhyan Martins Castro Milazzo (gerente), professor Haroldo Reimer (coordenador de Pós-Graduação Stricto Sensu), Haydée Lisboa Vieira Machado (assessora de stricto sensu), Keila Mendanha (secretária da PrP), Glaziela Ludmila Lira Cunha (assessora acadêmica) e Pâmela Martins Curado (assessora financeira).


“Com esta aprovação, a UEG dá um passo importante na consolidação da pós-graduação stricto sensu. Os dois mestrados próprios da UEG foram aprovados em 2006. Com a aprovação do Mestrado em Produção Vegetal quebra-se um “jejum” de mais de 5 anos. Logra-se também dar um importante passo no sentido da interiorização da pós-graduação stricto sensu no estado de Goiás”, esclarece o professor Haroldo Reimer.

Para a professora Cristhyan Milazzo "este é um dos resultados colhidos em razão da consolidação da Pós Graduação Stricto Sensu na UEG, que enquanto instituição única, vem mostrando, a certo tempo, a união e integração entre professores, das suas diversas unidades espalhadas pelo nosso Estado".

De acordo com a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, o projeto deste Mestrado foi elaborado pela equipe de Ipameri, aprovado pelo Conselho Acadêmico (Resolução CsA 027/2011) no dia 27 de junho e pelo Conselho Universitário (Resolução CsU 010/2011) no dia 28 de junho. O envio para a Diretoria de Avaliação da Capes aconteceu em 28 de julho, sendo a proposta recomendada pela Comissão de Avaliação de Área (CAA) de Ciências Agrárias I. Com a homologação pelo CTC-ES/CAPES, o novo curso poderá ser implementado em breve.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Nota de apoio ao Ibama

Brasília, 28 de outubro de 2011 - A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) vem a público expressar seu apoio à manutenção do poder de polícia do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Por se tratar de uma autarquia federal, este é o órgão mais indicado para restringir ou licenciar as ações do homem na Natureza de forma isenta, idônea e suprapartidária.

Há 22 anos à frente da causa ambiental, o Ibama possui em seu quadro profissionais capacitados para lidar com as delicadas questões inerentes ao desenvolvimento sustentável, além da estrutura patrimonial e de acervo qualificado relacionados ao tema.

Delegar para a esfera estadual o poder de multar os empreendimentos em desacordo com as normas brasileiras, conforme dispõe o PCL 01/10 aprovado nesta quinta-feira (27) pelo Senado Federal, é relegar a questão ambiental aos desmandos regionais que ainda assombram a democracia no país. Ademais, muitos órgãos ambientais não detêm estrutura suficiente para atuação, o que deixa a sociedade e a Natureza desprotegidas, em um vazio de fiscalização, justamente em uma área tão sensível e com implicações nacionais e internacionais como o meio ambiente.

A ANPR reconhece no Ibama um dos parceiros prioritários do Ministério Público Federal nas causas ambientais e convida as demais entidades da sociedade civil a se juntarem aos procuradores da República na defesa da preservação do patrimônio ambiental e da proteção dos recursos naturais no Brasil.

Brasília, 28 de outubro de 2011.

Alexandre Camanho de Assis

Presidente da ANPR

Fonte: http://www.anpr.org.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=29917&Itemid=1

As Plantações Florestais e a Rio + 20

Graças à política de incentivos fiscais e ao rápido crescimento das plantações florestais, o Brasil possui a silvicultura mais competitiva e sustentável do mundo, para quem que, até esta política (1965 a 1988), importava papel, consumia carvão de mata nativa e possuía 500 mil hectares de plantações, mas tem, hoje, 6 milhões de ha, menos de 1% do território, suficientes para torná-lo o principal player no mercado internacional.

Embora nossa silvicultura se desponte como a mais sustentável e competitiva, ela ainda é obrigada a enfrentar barreiras que impedem e comprometem a sua sobrevivência e a contribuição para uma economia verde como espera a Rio + 20, tais como:
1. Críticas às plantações florestais fundamentadas em mitos e crendices;
2. Modelo de produção florestal sob monocultura extensiva ainda vigente;
3. Gestão ambiental com base numa legislação extensa, complexa e inaplicável;

4. Política de crédito incompatível com a realidade de longo prazo da silvicultura;

5. Política fundiária que inibe investimentos estrangeiros em terras no Brasil;

6. Política fiscal de controle inflacionário com base em taxa de juros elevada;

7. Política cambial que premia as importações do carvão mineral e prejudica as exportações do gusa a carvão vegetal;

8. Deficiência de infraestrutura básica para escoamento da produção florestal;

9. Estímulo ao consumo de derivados do petróleo em prejuízo à biomassa florestal;

10. Custo Brasil elevado e modelo administrativo burocrático;
11. Insegurança jurídica no tocante às garantias constitucionais de direito de propriedade e da livre iniciativa;

12. Ausência de seguro florestal que minimize os riscos ao investidor florestal.

Apesar de alguns equívocos ao longo do período de incentivos, a silvicultura brasileira, no quesito ambiental, desempenha importante papel na proteção dos recursos naturais, haja vista que é implantada em áreas antropizadas e degradadas.

Estatísticas comprovam que, para cada ha de reflorestamento, as empresas florestais possuem o mesmo em floresta nativa, acima do que exige a lei em termos de áreas de preservação permanente e de reserva legal.Outro ponto positivo, é que ela não compete por área com a produção de alimentos, visto a disponibilidade de terras ociosas no Brasil e o caráter de longo prazo e alto risco da silvicultura comparado com o da agricultura.

No tocante ao social, a silvicultura tem vivenciado uma evolução significativa tanto na posse das plantações, quanto no regime de manejo. Pelo fomento florestal, os plantios tem-se descentralizado das grandes indústrias para o produtor. Além disso, ela tem demonstrado como uma das únicas atividades viáveis em regiões montanhosas, intensivas em trabalho, gerando oportunidades de emprego e trabalho para a população do campo.

Todas estas características propiciaram ao País detentor da principal indústria de celulose, único produtor de carvão vegetal para uso siderúrgico e num grande consumidor de biomassa florestal para produção de energia e vapor em substituição ao óleo e gás.

Entretanto, mesmo com sólidas características para fortalecer uma economia verde, produtos como o carvão vegetal pode ter sua sustentabilidade comprometida, haja vista que o gusa vegetal tem perdido mercado para o gusa a carvão mineral, poluente e de extraçãosub-humana. Apesar do balanço favorável em termos de CO2, a sociedade moderna tem preferido o gusa a carvão mineralque é mais barato, mas que, ao revés, emite o CO2 estocado no subsolo para a atmosfera, agravando a concentração dos GEE, mostrando que o discurso por uma economia de baixo carbono tem ficado na retórica.

O cavaco também, mesmo apresentando 50% dos custos de produção de vapor e energia produzido pelo petróleo, tem encontrado dificuldade de se expandir no mercado.Assim, para fortalecer-se como economia verde,recomenda-setais medidas:
1. As entidades de classe florestal precisam manter campanhas que esclareçam sobre os impactos, positivos e negativos, e as medidas mitigadoras adotadas;

2. As empresas devem adotar politica de descentralização da base florestal com o intuito de evitar a monocultura extensiva e aumentar a participação do produtor;

3. Os Poderes precisam refletir sobre a efetividade do ordenamento legal ambiental;

4. O modelo de controle inflacionário precisa se desvincular da politica de juros alto;

5. Há que se equacionar a disponibilidade de capital externo com a de terra no Brasil para viabilizar parcerias entre produtor e investidor nos investimentos florestais;

6. Estimular o consumo de produtos da cadeia florestal em detrimento da mineral;

7. Organizar a cadeia produtiva florestal visando a eliminação dos atravessadores;
8. Honrar o cumprimento do direito de propriedade e da livre iniciativa;
9. Adotar programa de seguro com custos compatíveis com a atividade florestal.

Fonte: http://celuloseonline.com.br/blog/?p=325

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Trilha Interpretativa Lava Pés


Trilha Interpretativa Lava Pés gravado pela TV Serra Dourada para apresentação no Jornal do canal Futura.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Um novo uso para o eucalipto

O eucalipto é muito usado por indústrias de cosméticos e farmacêuticas, além da extração de mel, por meio de programas de apicultura, e é um dos principais recursos utilizados pelo setor carvoeiro. Essa árvore pode ser uma fonte de inúmeros benefícios, como a cogeração de energia elétrica, pois assim como o álcool e o biodiesel, o carvão também é um produto energético renovável.

A composição da casca do eucalipto é mais favorável do que a do bagaço de cana para a produção de energia, em termos de açúcares fermentáveis. A quantidade de pentoses, inibidoras ao processo de fermentação, é encontrada em menor quantidade na casca do eucalipto.

O eucalipto possui o dobro de hexoses, as açúcares fermentáveis, como a sacarose, glicose, frutose e galactose, em relação ao bagaço da cana. Isso torna o potencial do eucalipto para a fermentação maior que o da cana. E enquanto a cana produz em média de 10,6 toneladas de bagaço por hectare, em um ano, o eucalipto chega a gerar de 23 a 25 toneladas de biomassa por hectare, em um mesmo período.

Haroldo Nogueira de Paiva, professor do curso Cultivo de Eucalipto em Pequenas Propriedades, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, afirma que essa é uma ótima oportunidade para os pequenos produtores, pois o eucalipto é uma árvore de fácil cultivo, com espécies que apresentam baixas exigências em umidade e em fertilidade do solo.
Por viabilizar o resgate de carbono, realizado durante o crescimento das ávores, e diminuir a pressão sobre as matas nativas, as florestas renováveis de eucalipto são lucrativas e possuem grande apelo ambiental.

Fonte: CPT

terça-feira, 18 de outubro de 2011

II Simpósio de Eucaliptocultura em Goiás

O evento abordará aspectos relacionados a: (i) Silvicultura doeucalipto (perspectivas e tendências, produção de mudas e fomento); (ii) Utilização damadeira do eucalipto como matéria-prima na indústria (celulose e papel,energia/carvão vegetal e painéis de madeira); (iii) Aspectos ecológicos dasplantações florestais de eucalipto e (iv) Avanços em biotecnologia para a cultura do eucalipto.

Programação

Localização
AUDITÓRIO DA BIBLIOTECA CENTRAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - UFG
Endereço: CAMPUS SAMAMBAIA
Goiânia-GO 74690-900

Fonte:
http://eventos.ufg.br/SIEC/portalproec/sites/gerar_site.php?ID_SITE=4721

sábado, 15 de outubro de 2011

Feliz dia dos Professores



SETOR FLORESTAL: Integração Lavoura - Pecuária e Floresta protege o meio ambiente e diversifica a produção

A base da alimentação animal da pecuária nacional são os pastos, entretanto, se mal manejados, apresentam rápido e acentuado declínio em sua capacidade produtiva, em decorrência dos processos de degradação causados por fatores como manejo inadequado da lotação, com superpastejo alternado com subpastejo; e redução da disponibilidade de nutrientes no solo, fatores que enfraquecem as plantas e as colocam mais predispostas ao ataque de pragas, doenças e competição com plantas daninhas.

Sistemas de produção mais sustentáveis indica que os consorciados surgem como técnicas capazes de potencializar o uso dos recursos naturais e gerar renda de maneira mais eficiente, além de poder colaborar com a regressão de processos de degradação ambiental.

Árvores, culturas agrícolas e animais já podem conviver em uma mesma área para otimizar o uso do solo e maximizar os retornos econômicos do produtor e, ao mesmo tempo, garantir a sustentabilidade do sistema produtivo. A sombra das árvores é muito importante para conferir conforto ao gado. Não é incomum observarmos grandes aglomerações de animais sob a copa das árvores nas horas mais quentes do dia. Sabe-se também que o gado leiteiro apresenta queda de 10% a 20% de produção quando falta sombra no pasto. Algumas espécies de árvores e arbustos que podem ser usadas no ILPF são as leguminosas Acácia-mimosa, Agulha-de-adão, Gliricidia além da Amoreira. Essas plantas são muito utilizadas por capturarem o nitrogênio do ar através de bactérias que vivem no solo para as raízes das plantas e com isso disponibilizam mais proteínas para os animais. Isso acarreta em um enriquecimento da alimentação do gado, aumento do seu peso e produção de leite e a quantidade de matéria orgânica no solo. As leguminosas ainda podem ser utilizadas como cercas vivas.

Além de todos os benefícios citados, não devemos esquecer que o ILPF está diretamente ligado a redução da emissão de gases que propiciam a ocorrência do efeito estufa.

Podemos perceber, portanto, que o sistema Lavoura- Pecuária – Floresta consegue conservar os recursos naturais, permite a infiltração da água, polinização, controle biológico, retenção do solo, preservação da biodiversidade, aumenta a produtividade agrícola e pecuária e fixa o homem no campo o que traz melhoria na qualidade de vida.

Fonte: Agroplan - UFV

http://www.remade.com.br/br/noticia.php?num=9352&title=Integra%C3%A7%C3%A3o%20Lavoura%20-%20Pecu%C3%A1ria%20e%20Floresta%20protege%20o%20meio%20ambiente%20e%20diversifica%20a%20produ%C3%A7%C3%A3o

ENGENHARIA FLORESTAL - O CURSO


Fonte: Globo.com

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

“O futuro do Brasil é a economia do conhecimento natural”

Fabíola Ortiz, da IPS – Mercado Ético, 03 de outubro de 2011 | 15h27

O Brasil pode liderar uma nova agenda global de desenvolvimento sustentável e se converter em uma potência ambiental, afirmou Carlos Nobre, um dos principais especialistas mundiais em mudança climática. Além de uma série de condições naturais do país, a sociedade brasileira tem consciência de que este futuro é possível, afirma Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência e Tecnologia e professor de pós-graduação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O Brasil tem potencial para explorar um novo modelo de desenvolvimento tropical, utilizando plenamente a energia renovável e a economia do conhecimento natural, disse ao Terramérica este engenheiro e doutor em meteorologia que pesquisa o clima da Amazônia e é um dos ganhadores do prêmio Nobel da Paz concedido em 2007 ao Painel Intergovernamental de Especialistas sobre a Mudança Climática. Nobre conversou com o Terramérica durante o XIV Congresso Mundial da Água da International Water Resources Association (IWRA), que aconteceu de 25 a 29 de setembro, em Porto de Galinhas, Estado brasileiro de Pernambuco.

A Amazônia e o Cerrado podem experimentar uma extinção de espécies jamais vista pela humanidade, afirma Nobre.

TERRAMÉRICA - Que avaliação faz quase 20 anos depois da Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro?

CARLOS NOBRE - A convenção sobre mudança climática (adotada em 1992) não conseguiu criar o ímpeto para um movimento global de redução de emissões. O esforço deve ser, por igualdade e justiça, primeiro dos países que historicamente mais emitiram e, em segundo lugar, dos países em desenvolvimento, que também terão de se adequar à redução dos gases-estufa, se quisermos realmente entrar em uma trajetória menos perigosa. A temperatura global pode aumentar entre três e cinco graus no final deste século. Isso é muito. Já subiu 0,8 grau em 200 anos. Esta trajetória é bastante pessimista.

TERRAMÉRICA - Então, não se avançou nesse aspecto desde 1992?

CN - Em 2010, foi registrado o maior volume de emissões da história da civilização humana: quase 45% mais do que as emissões de 1990 em dióxido de carbono e outros gases-estufa. Não há forma de olhar estes números sem se preocupar. Alterar o clima em 200 anos, o que leva de 20 mil a 30 mil anos, segundo os ciclos naturais da Terra, é uma mudança muito abrupta para a maneira como a natureza se ajusta aos ciclos naturais. E a primeira vítima direta é a biodiversidade, que é muito variável. O ritmo natural de emergência de uma espécie se conta em centenas de milhares de anos, mas a extinção é muito rápida, basta uma perturbação. Os biólogos estimam que se esse cenário pessimista persistir sem controle até o final do século, estará ameaçada a existência de 40% de todas as espécies. Isto é um grande cataclismo para a vida do planeta Terra.

TERRAMÉRICA - Como a mudança climática pode afetar os recursos hídricos?

CN - O clima está mais variável, e os sistemas de produção dos quais dependemos para viver acabam perturbados. Por exemplo, hoje há um grande número de desastres naturais e a capacidade de resiliência está diminuindo. Este é o aspecto que importa quando falamos de falta de água: as projeções das mudanças climáticas no século afetam as regiões semiáridas, onde está a pobreza do mundo. Em cem anos o mar pode subir entre 50 centímetros e 1,4 metro. Isto inundará muitas áreas costeiras baixas onde vivem centenas de milhares de pessoas, que terão de ser reassentadas. Em geral, com grandes elevações de temperatura e com extremos meteorológicos, a agricultura global sofre porque as ondas de calor aumentam, bem como as secas, que se tornam imprevisíveis. O problema é que a agricultura já usa três quartos dos recursos hídricos disponíveis, e está em seu limite.

TERRAMÉRICA - Como o Brasil se coloca neste contexto de crise climática?

CN - Existe, sem dúvida, uma crise, e para o Brasil não é diferente. Não só é etnicamente uma mescla de culturas, como também uma mescla climática e ecológica e sofre todos os problemas globais. O quadro de regiões semiáridas é agudo no Nordeste brasileiro, que é o semiárido mais povoado do mundo, com 20 milhões de pessoas. Os desastres naturais estão aumentando muito no Brasil, com inundações, deslizamentos, ondas de calor, contaminação e um ambiente cada vez mais inóspito para a qualidade de vida. A maior vulnerabilidade ecológica está na Amazônia e no Cerrado, onde existe um grande risco de extinção de espécies em grande escala, jamais vista pela humanidade. Falamos de uma possibilidade de variação na Amazônia não vista em dezenas de milhões de anos, uma mudança da floresta que pode se tornar uma savana empobrecida. Se o clima mudar muito em 200 anos, perderemos grande parte da selva amazônica.

TERRAMÉRICA - Estas são previsões muito catastróficas. Como o Brasil pode liderar um movimento de desenvolvimento mais sustentável?

CN - O Brasil é um país muito rico em recursos naturais, mais do que Índia e China. A demografia brasileira é muito favorável, e há um desejo de desenvolvimento sustentável. A população (192 milhões de pessoas atualmente) deve se estabilizar nos próximos 15 anos e não passar de 215 milhões. Ao contrário de China e Índia, o Brasil pode planejar um desenvolvimento muito mais equilibrado e um futuro sustentável, pois tem uma quantidade de recursos naturais que talvez nenhum outro país do mundo tenha. Hoje já usa 46% de fontes renováveis de energia e pode chegar em 2050 com 80% de sua matriz renovável. Tudo isto permite traçar um futuro como um dos países mais limpos.

TERRAMÉRICA - O senhor realmente acredita que o Brasil, uma das nações emergentes, queira se transformar em potência ecológica?

CN - Hoje existe uma consciência na sociedade brasileira de que este futuro é possível. O Brasil não quer ser uma potência hegemônica militar, mas tem um potencial de explorar um novo modelo de desenvolvimento tropical e de ser uma potência ambiental utilizando plenamente a energia renovável no prazo de 20 a 30 anos. A economia do Brasil não pode ser separada da economia do conhecimento natural. O grande diferença é uma economia do conhecimento natural. O país pode ser um líder mundial dessa nova visão com a aplicação do conhecimento, e essa é a imagem que deve passar na cúpula Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável). Queremos ser o país mais limpo do mundo nos setores energético e de produção, e no modelo de agricultura sustentável.

Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.

(Terramérica)

Fonte: http://www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=14291&sid=1206