Magnífico Reitor da Universidade Estadual de Goiás, Haroldo Reimer;
É com enorme satisfação que o recebemos em nossa Unidade Universitária, Seja Muito Bem Vindo e que está visita possa se repetir.
“Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade.”
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”
Caríssimo Reitor não poderíamos deixar essa oportunidade de salientar sobre alguns pontos de enorme relevância e necessidade que os acadêmicos dessa UnU possuem. Em detrimento das perspectivas atuais, sentimo-nos em déficits quando em comparação com outras instituições de ensino. E por isso a nossa Universidade, tida pelo seu idealizador como a ferramenta que desenvolve o Estado, está sempre em segundo lugar para quaisquer ingressantes na rede de ensino público. Há muito já estamos abandonados, e temos que tentar fazer com o mínimo que nos é dado. É tão pouco o que é destinado a nossa enorme faculdade, que somente nesse período do ano realiza mais de 20 colações de grau somente em alguns finais de semana.
As burocracias acadêmicas que nos cercam se tornam infinitas e as vezes nos entregamos e deixamos de tentar porque simplesmente é dificílimo a conquista do que se almeja. Logo no início desse período de 2012 nos deparamos com a impossibilidade da realização de mais de uma disciplina optativa, fato esse que não ocasionaria nenhum prejuízo a UEG, bem como a nenhum profissional envolvido, nós alunos só estávamos buscando acumular conhecimento tendo em vista o período em que ficamos ociosos na cidade de Ipameri-Go; a qual não tem condições de nos proporcionar estágios na nossa área de atuação.
Também enfrentamos um problema ainda maior do que o anterior, a impossibilidade da realização de algumas disciplinas com núcleos comuns dos cursos ofertados na nossa Unidade Universitária. Entendemos a necessidade para criação de determinada RESOLUÇÃO, só que cada Unidade Universitária possui um quadro diferenciado, com necessidades diferenciadas. A Resolução que chamo atenção fora criada para impossibilitar que alunos aprovados em cursos matutinos, por exemplo, façam disciplinas em outros cursos e em outros períodos do dia. Só que um problema nos surge, um número de alunos na nossa unidade é prejudicada por tais medidas. Pois como os núcleos das disciplinas são comuns não haveria problema em realizá-los quando necessário, por exemplo em choques de horários; cabendo aos acadêmicos a necessidade de Trancar as disciplinas e só realizar a matricula nessas quando ofertadas pelo curso de origem. O sistema Reune por exemplo, das Universidades Federais funciona perfeitamente, é uma alternativa viável, e a UEG, com tal resolução, impossibilita essa alternativa.
Outro ponto que merece atenção é da falta de professores específicos para as áreas de atuação do profissional formado, fato esse que é tentado através das nossas coordenações de curso minimizar os impactos. Mas o ponto é que ficamos prejudicados pois apesar da boa vontade dos profissionais que ministram essas disciplinas, esses não tem capacitação específicas para o fazê-lo.
É sabido que os editais para contratação desses profissionais está no site da própria universidade, a problemática do assunto são os salários oferecidos aos profissionais que virão, visto por mim como uma afronta ao tempo gasto de profissionalização e dificuldades que enfrentaram. O que nós estamos querendo, e de certa forma até exigindo, são aberturas de concursos para essas áreas.
Nós acadêmicos de Engenharia florestal, temos como principal eixo as disciplinas de Dendrometria, Inventário e Manejo Florestal e simplesmente não possuímos profissionais especializados nessas áreas para ministrar as disciplinas. Dentro desse ponto um questionamento nos surge, o ensino que o Estado de Goiás está fornecendo é realmente de qualidade? Os profissionais que UEG dispõem aos mercados todos os anos estão realmente aptos a cumprirem com o oficio pra profissão? Temos bases cientificas pra fazê-lo? A resposta mesmo que triste, mas realista, é uma resposta negativa.
Sabemos das nossas inúmeras limitações, mas quando determinamos prioridades muita coisa é alterada, favorecemos o lado que realmente é necessário ou importa. E será que, para o chefe do Estado, o governador Marconi Perillo a educação é realmente vista como prioridade ou até mesmo necessidade primária da população?
“Os dois mestrados próprios da UEG foram aprovados em 2006. Com a aprovação do Mestrado em Produção Vegetal quebra-se um “jejum” de mais de 5 anos. Logra-se também dar um importante passo no sentido da interiorização da pós-graduação stricto sensu no estado de Goiás”, esclarece o reitor Haroldo Reimer.”
E diante de passo tão importante que nossa Universidade deu diante da sociedade goiana e também a comunidade acadêmica da UnU Ipameri, quais alterações já foram realizadas para receber os mestrandos? Quais alterações foram realizadas na UnU Ipameri para atender as necessidades recentes?
O que estou querendo dizer com este questionamento é que a UnU Ipameri não possui número de salas de aula que concordem com a quantidade de Turmas existentes (12 turmas + mestrandos), atualmente com 7 salas de aula.
Também lembramos dos laboratórios existentes na UnU, esses estão dando suportes as pesquisas aos acadêmicos e mestrandos? Existem laboratórios que nos dêem capacitação prática das aulas vistas em teoria?
Convido o senhor a adentrar e verificar o que atualmente chamamos de auditório. Uma sala normal (um pouco maior que as demais), com carteiras de braço mais antigas que as das salas de aula e cortinas completamente em estado final.
Também evidenciamos a inexistência de gabinetes aos professores, um local específico para receberem os acadêmicos, desenvolver seus estudos, preparar aulas, escrever suas publicações; enfim um ambiente particular a cada docente. Vemos muitos profissionais deixados, e vagantes na unidade por não possuírem um lugar próprio.
Nós, representantes acadêmicos também não possuímos um local próprio. Atualmente a sala que representa os acadêmicos é dividida pelos Centro Acadêmico de Engenharia Florestal, Centro Acadêmico de Agronomia, Diretório Acadêmico e pela Empresa Júnior – SemeiaJr, juntamente com o quadro geral de iluminação, e que por isso, não se pode nem trancar a sala.
Também gostaríamos de pedir que houvesse auxilio financeiro por parte a UEG para a realização das Semanas de Ciências Agrárias. Tendo em vista que esse evento serve para atualizar a comunidade acadêmica bem como a comunidade de Ipameri e região sobre os temas atuais e leva o nome, divulgando a própria UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS.
Também devemos dar atenção especial e primária a nossa biblioteca, que atualmente conta com um número de exemplares insuficientes; com títulos atrasados.
Ambos os cursos ofertado pela UnU Ipameri são bacharéis, portanto é extremamente necessária que a parte prática seja comprida. Para tanto gostaria de pedir sua atenção a essa questão, que houvesse mais empenho da parte financeira da UEG para financiar visitas técnicas, excursões, idas em congressos enfim, aquilo que nos aproximaria com o que de fato realizaremos futuramente. O nosso ônibus não possui condições de realizar viagens de distancias um pouco mais longas, onde os acadêmicos que já enfrentaram a missão passaram grandes sustos.
Um acadêmico fez um posicionamento legal, interessante e aparentemente possível. Tendo em vista a quantidade de salas de aula de nossa Unidade Universitária gostaríamos de solicitar a vossa Magnificência, ares condicionados as salas em questão. Possibilitando assim uma melhoria na qualidade das aulas ministradas, onde o calor proporciona déficit de atenção, ocasiona um entra e sai constante das as. as, pois um ventilador em cada sala de aula não refrigera.
Posso estar sendo sonhador e até com idéias mirabolantes mas segundo Albert Einstein “Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela.”
Peço ao Senhor que após ler essa carta que encaminhe-a ao Governador do Estado para que ele também possa ter contato com as nossas realidades. E uma pergunta a mais encaminho a ele. Se algum Filho ou Filha do governador tivesse interesse por algum curso existente na UEG ele permitiria que ele(a) o fizesse na UEG?
Muitíssimo obrigado pela atenção de vossa Magnificência e aguardo um posicionamento do senhor.
Cleiton da Silva Oliveira
Acadêmico de Engenharia Florestal
Secretário do Centro Acadêmico de Engenharia Florestal
(64) 99596602 - cleitoncso@live.com
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